Já se sentiu como se os dias fossem os mesmos e nada de novo acontece? É assim que se sentem as pessoas que conhecem um possível grande amor na hora errada.
Amores de outrora
Tudo começa ao conhecer o indivíduo. Sua voz, jeito e conversa despertam um fascínio instantâneo. Os dois se encantam, a conversa flui com uma facilidade incomum. A paixão nasce. A alegria em conhecer alguém tão parecido com você se torna real. Você se sente o máximo! Tudo é lindo. Não há dia ruim que possa destruir a tua alegria em estar apaixonado e sentir uma reciprocidade tão rara. Tornam-se melhores amigos, confidentes e também amantes. Não se enxerga ninguém além do ser amado. Inicia-se o namoro. As coisas correm tudo bem, numa sincronia plena. Apresentam-se os amigos, familiares, opiniões não importam. Apenas o que existe entre os dois.
Até que ele já não responde tão rapidamente, ou não demonstra o mesmo entusiasmo de antes. Os defeitos se tornam perceptíveis. Ele é desleixado, não curte sair pra dançar tanto quanto você, mente em pequenas coisas, fala mal dos próprios amigos. E tudo isso assusta um pouco, mas não o suficiente para se afastar. Tudo que queres é estar com ele, se sentir perto, tê-lo por perto. Mas já não saem com tanta frequência. Surgem trabalhos acadêmicos ou reuniões de família inadiáveis. Ele reclama da forma que você se veste, ou da linguagem que usas com os amigos. Pequenas coisas que você rapidamente dá um jeito de se livrar para que não incomode. Te tornas uma versão menor de si mesmo.
Os dias passam, a distância só aumenta. E tu te percebes não tão animado quanto antes. Mesmo se esforçando tanto, nada parece surtir efeito. Já não há tanta vontade em se encontrarem. Isso já não é divertido, vai te deixar mal. Finalmente conversam sobre o resfriamento repentino. Ouve-se pedidos de desculpas e a promessa que tudo será como no princípio. Sem atrasos ou bolos.
Nada do que é prometido foi cumprido. E embora a vontade de se ver ainda seja grande, surge um raiva entre os sentimentos bons. É revoltante mudar tanto pra agradá-lo e nada muda! A conversa transforma-se num jogo de frieza. Num jogo patético que consiste em demonstrar cada vez menos carinho e sentimento.
Finalmente ele confessa não estar pronto para um relacionamento. Revela que este não é o momento, e apesar de existir amor, não é o bastante para querê-lo. Um turbilhão de emoções te invade! Raiva, arrependimento, tristeza, melancolia e saudade e dor. As redes sociais dele são instantaneamente bloqueadas! Não se quer ver o rosto de alguém tão maquiavélico ao ponto de iludir tão bem um outro individuo, só pra não ficar sozinho.
Os dias são cinzas. Não há mais ânimo para ir às festas que você se privou de tanto só porquê ele não gostava. Nenhum conselho de amigos ou parentes parece adiantar. O vazio toma conta da alma e tudo que se sente é uma vontade enorme de dormir. Dormir para evitar de sentir saudades.
E depois de um grande período de inércia, sente-se uma súbita liberdade. Sim. Liberdade! Liberdade por não precisar ocultar partes de si para agradar outrem.A vontade de gritar ao mundo de que você se ama e não precisa se esconder. As coisas voltam a ter vida, o interesse pelas coisas de sempre finalmente voltam. Você é o que é! Pois tudo é aprendizado e precisamos retirar da vida o melhor que ela tem a nos oferecer.
Espero que vocês tenham gostado e ficado tão sentidos quanto eu ao escrever o texto. Lembrando que podem abalar comentários ou críticas no meu Twitter ou pelo direct do meu Instagram. Vem, menine! Vamo conversar!
Beijos da Mama Bru e até a semana que vem!